quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

HP adota lojas próprias para reforçar presença no varejo

Acho que de nada adianta, mas é muito engraçado observamos, como uma empresa tão grande consegue ser tão amadora. Em tempos de crise, pelo menos no consciente coletivo, as empresas tendem a querer inovar, no entanto se no período aquecido elas tratam mal seus clientes, porque querem tratar bem seus clientes agora?!

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HP adota lojas próprias para reforçar presença no varejo
Gustavo Brigatto, de São Paulo
10/12/2008
 

Em parceria com revendas, a Hewlett Packard (HP) passa hoje a integrar a lista de empresas de tecnologia que estão investindo no conceito de lojas próprias para impulsionar suas vendas no Brasil.
Ana Paula Paiva/Valor
Raupp, vice-presidente da HP Brasil: Nordeste é foco importante de expansão

As primeiras seis unidades das chamadas "HP Stores" serão inauguradas ainda neste mês nas cidades de Santos, Suzano, Salvador, Natal, Recife e Fortaleza. Até o fim de 2009, o total deve atingir 50. Nelas, produtos de consumo, como computadores, impressoras, telefones e câmeras dividirão espaço com equipamentos para pequenas e médias empresas.

Segundo Cláudio Raupp Fonseca, vice-presidente do grupo de computação pessoal da HP Brasil, as lojas serão abertas e administradas por parceiros, com apoio da fabricante para a montagem e a padronização dos ambientes, o que diferencia a proposta da abordagem de empresas como Nokia eSamsung. "Nada impede que em um mesmo centro exista mais de uma loja, mas não será um movimento oportunista", comenta. O executivo não revelou o total de investimentos da HP, nem o valor que ela oferece de apoio aos parceiros para a montagem da loja.

Profissionais treinados pela empresa apresentarão as características e aplicações dos equipamentos e as lojas poderão vender produtos que a HP não desenvolve, como placas de vídeo, som e programas de computador. Raupp afirma que não serão oferecidas vantagens comerciais para os parceiros das HP Stores. "O relacionamento continua o mesmo."

Os três pilares da estratégia - que começou com um teste mundial na Colômbia em 2007 e já está sendo desenvolvida também na Argentina, em um total de 18 lojas - são o aumento da presença de produtos HP nas pequenas e médias empresas, a expansão geográfica para além dos grandes centros e o aumento da presença no varejo. "O Nordeste é um foco muito importante", acrescenta Raupp.

Faz um ano que a HP atua no Brasil com pontos-de-venda dentro de lojas, em redes varejistas comoSaraiva e Fast Shop. Já existem 40 espaços em funcionamento e mais 35 devem ser inaugurados até março do ano que vem.

O faturamento da HP Brasil cresceu 28% no ano fiscal de 2008, encerrado em outubro. Segundo a empresa de pesquisas IDC, ela divide com a IBM a liderança em receita bruta em 2007, com R$ 4,7 bilhões. Incluindo a EDS (adquirida em maio) na conta, o total sobe para R$ 5,1 bilhões. Com o investimento nas lojas próprias, Raupp acredita que a empresa está montando uma infra-estrutura para sustentar o crescimento futuro.

"O momento de crise é oportunidade para que os mais sólidos tenham boas oportunidades. E a HP está mais preparada que os outros para ganhar mercado neste momento", avalia. Para ele, por se tratar de um projeto de longo prazo, a estratégia não será afetada pelo atual contexto de crise econômica e de potencial desaceleração nas compras de produtos de tecnologia. O executivo admite, no entanto, que a velocidade de abertura de lojas pode ser reduzida caso o cenário fique muito ruim. Mas, em 2009, as 50 lojas só não saem "caso algo muito grave aconteça".

Para Henrique de Campos Júnior, gerente de mercado e inteligência de negócio da Marco Consultora, com lojas próprias a HP consegue vencer limitações de espaço e políticas comerciais de varejistas e ainda fortalece sua proposta de provedor completo de produtos de tecnologia.

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